“Até quando estarão amando ilusões e buscando mentiras?” (Sl 4.2).
Ilusão é uma coisa complicada. É uma espécie de mentira quase sempre
inconsciente que pregamos a nós mesmos, movidos pela pressão dos nossos
desejos, na certeza ou na esperança de encontrar o caminho mais curto da
realização pessoal. É o expediente do qual lançamos mão para contornar
problemas de maneira mais gostosa, sem
esforço, sem luta, sem sacrifício. Só depois de algum tempo caímos na
real e percebemos que a ilusão era um mero sonho, um produto da
imaginação, um atalho que não deu certo, uma sensação emocional
artificial, uma decepção artificial, uma decepção que tentamos burlar.
Por causa da procura, existe até mesmo uma verdadeira indústria de
ilusões. É melhor ouvir um pregador de ilusões que um pregador de
arrependimento. O povo prefere comer pão e viver de ilusões. É isso que a
massa exige dos profetas: “Não nos revelem o que é certo! Falem-nos
coisas agradáveis, profetizam ilusões” (Is 30.10). Mas Deus condena tal
prática e mostra a diferença entre a conversa fiada e a verdadeira
pregação: “O que tem a palha a ver com o trigo?” (Jr 23.28).
O
Salmista não faz parte do grupo que prefere sonhos. Ele coloca as
palavras “Ilusões” e “mentiras” na mesma linha, no mesmo nível, no mesmo
saco. E ainda adverte: “Até quando vocês, ó pecadores, estarão amando
ilusões e buscando mentiras?” (Sl 4.2).
Os amantes das ilusões
são aqueles que vivem de miragens e fogem da realidade enquanto podem,
até despencar mais cedo ou mais tarde dos braços delas.
Cuidado com os amantes de ilusões... Sejamos realistas.
Shalom... Pr. Croce.
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