segunda-feira, 1 de julho de 2013

O AMANTE DAS ILUSÕES


“Até quando estarão amando ilusões e buscando mentiras?” (Sl 4.2).

Ilusão é uma coisa complicada. É uma espécie de mentira quase sempre inconsciente que pregamos a nós mesmos, movidos pela pressão dos nossos desejos, na certeza ou na esperança de encontrar o caminho mais curto da realização pessoal. É o expediente do qual lançamos mão para contornar problemas de maneira mais gostosa, sem esforço, sem luta, sem sacrifício. Só depois de algum tempo caímos na real e percebemos que a ilusão era um mero sonho, um produto da imaginação, um atalho que não deu certo, uma sensação emocional artificial, uma decepção artificial, uma decepção que tentamos burlar.

Por causa da procura, existe até mesmo uma verdadeira indústria de ilusões. É melhor ouvir um pregador de ilusões que um pregador de arrependimento. O povo prefere comer pão e viver de ilusões. É isso que a massa exige dos profetas: “Não nos revelem o que é certo! Falem-nos coisas agradáveis, profetizam ilusões” (Is 30.10). Mas Deus condena tal prática e mostra a diferença entre a conversa fiada e a verdadeira pregação: “O que tem a palha a ver com o trigo?” (Jr 23.28).

O Salmista não faz parte do grupo que prefere sonhos. Ele coloca as palavras “Ilusões” e “mentiras” na mesma linha, no mesmo nível, no mesmo saco. E ainda adverte: “Até quando vocês, ó pecadores, estarão amando ilusões e buscando mentiras?” (Sl 4.2).

Os amantes das ilusões são aqueles que vivem de miragens e fogem da realidade enquanto podem, até despencar mais cedo ou mais tarde dos braços delas.

Cuidado com os amantes de ilusões... Sejamos realistas.

Shalom... Pr. Croce.

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