Esse extraordinário missionário, nos idos de 1950 foi chamado para evangelizar uma tribo de índios equatorianos muito violenta conhecida como “huaorani”. Na língua deles, essa palavra significa “pessoas”, mas as outras tribos os chamavam de “Aucas”, que quer dizer selvagem.
As tribos circunvizinhas temiam os “Aucas”, porque eles eram extremamente sanguinários. Por vários séculos, matavam todos os estranhos que encontraram em sua região.
Pouco antes de Jim Eliot seguir para aquela aldeia, os indígenas haviam matado vários empregados da companhia petrolífera Shell. Entretanto, Jim Eliot achou injusto que muitas pessoas pelo mundo ouvissem o evangelho tantas vezes, enquanto que aquela tribo isolada não conhecia sobre a salvação, porque ninguém conseguia aproximar-se dela; e, atendeu o chamado de Deus, unindo-se a uma equipe missionária para tentar fazer contato com os “Aucas”. Jim Eliot pedia ao Senhor para ser usado para converter aquela tribo.
Em janeiro de 1956, Jim e uma equipe missionária, incluindo o piloto Nate Saint, Ed McCully, Peter Fleming e Roger Youderian, foram os primeiros a aproximarem-se da tribo. Eles haviam sobrevoado o lugar jogando presentes durante meses e até haviam aprendido palavras suficientes da língua indígena para enviar mensagens amigáveis. Então, sentiram que o momento oportuno para tentar um encontro pessoal havia chegado.
Entretanto, eles também haviam sido advertidos a respeito da selvageria dos Aucas e decidiram levar armas. O acordo era o seguinte: se fossem atacados, dariam tiros para o alto na esperança de assustar os índios, mas não atirariam diretamente contra eles, nem mesmo para salvar a própria vida. Dois dias após o contato inicial com os “Aucas”, ocorreu o ataque. Os missionários apontaram os revólveres para cima e dispararam, mas isso não deteve os guerreiros. Todos os cinco foram mortos.
As esperanças e o senhor de Jim Eliot de converter aquela tribo havia sido devastadas. Nenhum milagre aconteceu para salvar a vida dele, e era bastante improvável que pessoas tão hostis se convertessem a Jesus. Embora Jim tivesse orado com fé, crendo na salvação daqueles índios, sua missão foi um tremendo fracasso. Será mesmo?
Menos de três anos depois, a irmã de Nate Saint, Rachel, e a viúva de Jim Eliot, Elisabeth, voltaram ao acampamento dos Aucas. Elas passaram a morar ali. Os filhos de Jim Eliot cresceram entre os índios. Rachel e Elisabeth compartilharam o evangelho com aquele povo, forneceram cuidados médicos e começaram a desenvolver uma escrita para a língua dos nativos. Elas perceberam que os Aucas estavam muito abertos para ouvir sobre Jesus. Em pouco tempo, a maior parte da tribo já havia se convertido!
Por que isso aconteceu? Um dos índios que havia participado do ataque contra os missionários afirmou que, por vários séculos, eles haviam considerado que os estranhos fossem perigosos, porque praticamente todos os contatos com indivíduos de fora da tribo havia resultado em conflito. E tiveram a impressão de que com a equipe missionária não seria diferente.
Quando os guerreiros Aucas atacaram aqueles homens, perceberam que estavam armados e imaginaram que seu julgamento estava certo! Acharam que os missionários haviam se aproximado para matá-los. Mas, então, nenhum deles atirou nos índios, mesmo quando estes correram em sua direção com lanças. Os homens escolheram morrer sem fazer qualquer esforço para se defenderem, justamente para evitar ferir qualquer dos índios que desejavam evangelizar.
Naquele momento, embora tarde demais, os Aucas se deram conta de que os missionários teriam se tornado seus amigos, teriam morrido por eles; e, na verdade morreram, em vez de tirar a vida de qualquer deles. Quando Rachel e Elisabeth contaram aos índios sobre o evangelho de Jesus, eles compreenderam perfeitamente o sacrifício de Cristo, que entregou a vida para poupá-los da morte eterna.
O sonho de Jim Eliot se tornou realidade. O milagre pelo qual esperava ocorreu, mas não da maneira como havia planejado. Aconteceu muito depois de sua morte. Contudo, a maneira como ele morreu propiciou que aqueles índios ficassem sensíveis a Jesus.
Jim Eliot nos deixou um grande exemplo. Não importa o costume dos povos, a tarefa evangelística deve ser feita, independente se praticam o canibalismo ou se matam os que lhes são enviados. Independente de viver ou morrer, a missão evangelística é sempre mais importante, pois quando recebemos a Cristo, passamos da morte para a vida.
Deus ainda tem muitos povos para salvá-los e procura disponibilidade para sua tarefa mais urgente... Quem irá?
Shalom…Pr Croce.
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