Fazendo uma breve
caminhada pelas ruas de Angra dos Reis, observando o encanto da paisagem,
cercada por 365 Ilhas, eis que de repente, deparo-me com uma situação chocante:
A avenida que caminhava margeava o mar, e, bem na ponte, onde desaguava um rio
que se confundia com um esgoto, estava um cachorrinho (filhote) jogado quase a
morte, ladeado por dezenas de urubus desejosos de devorá-los. Observei
atentamente, e verifiquei que esses urubus já haviam devorado um cachorrinho. O
local era de difícil acesso, chegar até aquele cachorrinho não era tão fácil.
Era necessário entrar naquele esgoto e ainda correr o risco de cair, pois a
altura era aproximadamente de uns cinco metros, ladeados por pedras.
Enquanto
observava aquele cachorrinho pensando em alguma solução para salvá-lo, outras
pessoas passavam viam e balbuciavam seus descontentamentos e continuavam suas
caminhadas. Eu permanecia ali, já quase também fazendo o mesmo que os outros.
Nesse ínterim,
apareceu uma mulher que ao ver aquele cachorrinho, ficou desesperada, mas também
percebeu que era difícil descer ali. Entretanto, o ao olhar os trabalhadores ao
lado fazendo reparos na via, correu até eles e bradou: Alguém poderia fazer uma
obra de caridade e ajudar aquele cachorrinho! Com isso, conseguiu sensibilizar
um daqueles trabalhadores que com muito cuidado desceu até ao cachorrinho e
lentamente o tirou daquele estado de morte lenta. Nessa altura os urubus foram
se afastando, e o cachorrinho foi salvo daquela morte dolorida.
Ao salvar aquele
cachorrinho, entregou a mulher, que feliz da vida o levou em seus braços. Aquela
cena me fez viajar no tempo, e meditar profundamente no estado de condenação de
muitos, a semelhança daquele cachorrinho, que somente através de uma atitude
sacrifical e muito amor, podem viver novamente.
Foi exatamente
isso que Jesus fez conosco. Estávamos na mesma condição daquele cachorrinho,
condenado e prestes a morrer, rodeados de inimigos prestes a nos devorar
totalmente, mas Ele veio e foi até onde eu e você estava; totalmente condenados
e indefesos, nos resgatou plenamente e em seus braços nos levou, como faz o bom
pastor ao encontrar uma ovelha ferida (Lc
15.3-7).
Que maravilhosa
lição aprendi com este cachorrinho condenado e o amor de uma mulher em seu
resgate, enquanto permanecia inerte! Que o Senhor me ajude e me capacite nas
iniciativas salvíficas, mesmo quando o resgate seja quase
impossível.
“Porque o filho
do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10).
Shalom... Croce.
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