sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Gostam mais do amanhã do que do hoje



AS PESSOAS QUE NÃO POSSUEM INICIATIVA GOSTAM MAIS DO AMANHÃ DO QUE DO HOJE.
Uma das razões por que os que não têm iniciativa têm dificuldade de começarem é porque eles concentram sua atenção no amanhã, e não no hoje.O Músico jazzista Jimmy Lyons observou: “Amanhã é o único dia do ano que agrada a um homem preguiçoso”. Edgar Gueste escreveu um poema que capta o destino daqueles que têm esse problema:
“Ele vai se tudo o que um mortal deveria ser
Amanhã.
Ninguém deverá ser mais generoso ou mais corajoso do que ele
Amanhã.
Um amigo que ele conhecia estava preocupado e cansado,
Que ficaria contente de ser erguido e que precisava disso, também;
A ele recorreria e veria o que ele poderia fazer
Amanhã.
A cada manhã ele empilhava as cartas que escreveria
Amanhã.
E pensava nas pessoas que encheria de prazer
Amanhã
Foi uma pena, de fato, ele estar ocupado hoje
E não ter tido um minuto para parar no caminho;
Mais tempo, diria ele, teria para dar aos outros
Amanhã.
O maior dos trabalhadores esse teria sido
Amanhã.
O mundo iria tê-lo conhecido, tivesse ele visto o
Amanhã.
Mas o fato é que ele morreu e desapareceu de vista,
E tudo o que deixou aqui quando a vida chegou ao fim
Foi uma pilha de coisas que pretendia fazer
Amanhã...”.
(Texto adaptado de: John C. Maxwel – Talento não é tudo).
“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provação” (Hb3.15). Shalom...Pr. Croce.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

QUE RIQUEZA É RIQUEZA?


Embora a sensibilidade freqüentemente penda para a hipersensibilidade, quanto mais uma pessoa aprenda a encontrar prazer nos pequenos detalhes da vida, mais se torna saudável emocionalmente. Não espere encontrar um grande número de pessoas ricas em emoção na Avenida Paulista, nos Champs Elysées, em Wall Street ou entre os milionários listados pela Forbes.

 Procure-as entre aquelas que acham tempo para observar “o brilho das estrelas”. Alguém pode argumentar que em São Paulo é difícil ver as estrelas por causa da poluição do ar! Sempre haverá argumentos para adiarmos o desenvolvimento da sensibilidade. Se há uma cortina de poluição que bloqueia nosso campo visual, há certamente um universo de detalhes que pulsa ao nosso redor: um diálogo aberto, o sorriso das crianças, uma flor que desabrocha, uma viagem para dentro de si mesmo, uma revisão de paradigmas, a leitura de um livro. Precisamos gastar tempo com aquilo que não dá lucro para o bolso, mas para o interior. Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consumem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. (MT 6.19-20). Um beijo no seu coração possuidor (a) de riquezas verdadeiras.


Shalom... Pr. Croce.

A GAROTA COM AS MAÇÃS

Por Herman Rosenblat - Miami Beach, Flórida

Agosto de 1942, Piotrkow, Polônia. O céu estava cinzento naquela manhã em que esperávamos ansiosamente. Todos os homens, mulheres e crianças do gueto judaico de Piotrkow tinham sido levados até uma praça. Fora espalhado o boato de que seríamos transferidos. Meu pai tinha morrido de tifo alguns dias antes, e a notícia se espalhara pelo gueto apinhado. Meu maior temor era que nossa família fosse separada. “”De maneira alguma,” sussurrou-me Isidore, meu irmão mais velho, “conte a eles a sua idade. Diga que tem dezesseis anos.” Eu era alto para um menino de onze, portanto poderia afirmar isto.
Dessa maneira eu poderia ser considerado útil como trabalhador. Um homem da SS aproximou-se de mim, as botas ressoando nas pedras. Olhou-me de alto a baixo, então perguntou minha idade. “Dezesseis,” eu disse. Ele encaminhou-me para a esquerda, onde meus três irmãos e outros jovens saudáveis já estavam.
Minha mãe foi levada para a direita com as outras mulheres, crianças, doentes e pessoas idosas. Cochichei para Isidore: “Por quê?” Ele não respondeu. Corri para o lado de mamãe e disse que queria ficar com ela. “Não,” disse ela firmemente. “Saia daqui. Não me aborreça. Vá com seus irmãos.” Ela jamais me falara tão duramente antes, mas eu entendi: mamãe estava me protegendo. Ela me amava tanto que, apenas por esta vez, ela fingiu não fazê-lo. Foi a última vez que a vi.
Meus irmãos e eu fomos transportados num vagão de gado até a Alemanha. Chegamos ao campo de concentração de Buchenwald numa noite várias semanas depois, e fomos levados até um barracão lotado. No dia seguinte, recebemos uniformes e números de identificação. “Não me chamem mais de Herman,” eu disse aos meus irmãos. “Chamem-me de 94983.” Fui designado para trabalhar no crematório do campo, colocando os mortos num elevador operado à manivela. Eu, também, me sentia morto. Endurecido, tinha me tornado um número. Em pouco tempo, meus irmãos e eu fomos enviados a Schlieben, um dos sub-campos de Buchenwald perto de Berlim.
Certa manhã, pensei ter ouvido a voz de minha mãe. “Filho,” dizia ela suave mas claramente, “estou enviando um anjo para você.” Então acordei. Fora apenas um sonho. Um lindo sonho. Porém num lugar daqueles não poderia haver anjos. Apenas trabalho, fome, e medo. Alguns dias depois, eu estava trabalhando no campo por trás dos barracões, perto da cerca de arame farpado onde os guardas não podiam ver com facilidade. Eu estava sozinho. No outro lado da cerca, divisei alguém, uma garota com cachos claros, quase luminosos. Estava meio escondida por trás de uma bétula. Olhei ao redor para me certificar que ninguém podia me ver, Chamei-a baixinho em alemão. “Você tem alguma coisa para comer?” Ela não entendeu. Aproximei-me mais da cerca e repeti a pergunta em polonês.
Ela deu um passo à frente. Eu era magro e macilento, com trapos ao redor dos pés, porém a menina não parecia assustada. Em seus olhos, eu via vida. Ela tirou uma maçã da sua jaqueta de lã e atirou-a por cima da cerca. Agarrei a fruta e, quando comecei a me afastar correndo, ouvi-a dizer baixinho: “Eu te vejo amanhã.”
Eu voltava ao mesmo ponto da cerca todos os dias à mesma hora. Ela estava sempre lá, com alguma coisa para eu comer; um pedaço de pão, ou melhor ainda, uma maçã. Não ousávamos conversar ou demorar ali. Ser apanhado significava a morte para nós dois. Eu não sabia nada sobre ela, “apenas uma garota da fazenda”, exceto que ela entendia polonês.
Qual era seu nome? Por que arriscava a vida por mim? A esperança era um artigo tão raro, e esta menina do outro lado da cerca me dava alguma, algo para me nutrir como faziam as maçãs e o pão.
Quase sete meses depois, meus irmãos e eu fomos colocados num carro de carvão e enviados para o campo Theresienstadt na Checoslováquia. “Não volte,” disse eu à garota aquele dia. “Estamos partindo.” Voltei-me em direção às barracas e não olhei para trás, nem sequer disse adeus à menina cujo nome eu jamais soube, a garota com as maçãs.
Ficamos em Theresientadt por três meses. A guerra estava diminuindo e as Forças Aliadas estavam se aproximando, porém meu destino parecia selado. Em 10 de maio de 1945, eu estava agendado para morrer na câmara de gás às 10 da manhã. No silêncio da madrugada, eu tentava me preparar. Tantas vezes a morte parecera me chamar, mas de alguma forma eu tinha sobrevivido. Agora, tudo estava acabado. Pensei nos meus pais. Pelo menos, estaríamos reunidos. Às 8 da manhã, houve uma comoção. Ouvi gritos, e vi pessoas correndo para todo lado através do campo. Consegui reunir-me aos meus irmãos.
As tropas russas tinham libertado o campo! Os portões foram abertos. Todos estavam correndo, portanto fiz o mesmo.
Surpreendentemente, todos os meus irmãos tinham sobrevivido; não sei como. Porém eu sabia que a garota com as maçãs tinha sido a chave da minha sobrevivência. Num lugar onde o mal parecia triunfar, a bondade de uma pessoa tinha salvado a minha vida, tinha me dado esperança onde não havia nenhuma. Minha mãe tinha prometido me enviar um anjo, e o anjo tinha vindo.
Com o tempo, consegui chegar à Inglaterra onde fui ajudado por uma instituição de caridade judaica, colocado num abrigo com outros meninos que tinham sobrevivido ao Holocausto e treinado em eletrônica. Então cheguei aos Estados Unidos, onde meu irmão Sam já estava morando. Alistei-me no exército americano durante a Guerra da Coréia e ao ser desembarcado na Itália, me apaixonei. Porém meus irmãos disseram: “Você partiu solteiro, volte para casa solteiro.” Por algum motivo, escutei-os e voltei à cidade de Nova York após dois anos, sozinho.
Em agosto de 1957 abri minha loja de consertos eletrônicos. Eu estava começando a me estabelecer. Um dia, meu amigo Sid, que eu conhecia desde a Inglaterra, telefonou-me. “Tenho um amigo que conhece uma moça da Polônia. Acho que você deveria encontrá-la.”
Um encontro às cegas? Não, aquilo não era para mim. Porém Sid ficava insistindo, e alguns dias depois fomos ao Brooklyn para encontrar Roma (Rivca). Tive de admitir, para um encontro às cegas até que não foi tão mau. Roma era enfermeira num hospital do Bronx. Era simpática, inteligente e cheia de vida.
Fomos de carro até Coney Island. Ela era uma pessoa agradável para conversar, uma boa companhia. Também estava cansada de encontros às cegas! Nós dois estávamos apenas fazendo um favor para amigos. Demos um passeio pelo calçadão na praia, apreciando a brisa do Atlântico, e depois jantamos ali perto. Achei a noite muito divertida. Voltamos ao carro de Sid, Roma e eu no banco traseiro. Como judeus europeus que tinham sobrevivido à guerra, sabíamos que havia muita coisa que ainda não fora dita entre nós. Ela aventou o assunto: “Onde você estava durante a guerra?”
“Nos campos,” eu disse, as terríveis lembranças ainda vívidas, a perda irreparável. Eu tinha tentado esquecer. Mas jamais se pode esquecer.
Ela assentiu. “Minha família estava escondida numa fazenda na Alemanha, não muito longe de Berlim. Meu pai conhecia um padre, e ele nos conseguiu documentos arianos.”
Imaginei como ela deveria ter sofrido também, tendo o medo como companheiro constante. E apesar de tudo ali estávamos nós, ambos sobreviventes, num novo mundo. “Havia um campo perto da fazenda,” continuou Roma. “Eu via um garoto ali e lhe jogava maçãs todos os dias.”
Que coincidência estranha ela ter ajudado algum outro menino. “Como era ele?” perguntei.
“Era alto. Magro. Faminto. Devo tê-lo visto todos os dias durante seis meses.” Meu coração estava pulando, eu não podia acreditar! Isso não era possível.
“Ele disse a você certo dia para não voltar porque ele estava deixando Schlieben?”
Roma olhou-me surpresa. “Sim.”
“Era eu!” Eu estava prestes a explodir de alegria e reverência, inundado pela emoção. Não podia acreditar. Meu anjo.
“Não vou deixá-la ir,” eu disse a Roma.
E na traseira do carro naquele encontro às cegas, eu a pedi em casamento. Não queria esperar.
“Você está louco!” disse ela. Porém convidou-me para conhecer seus pais no jantar do Shabat, na semana seguinte. Havia tantas coisas que eu queria saber sobre Roma, porém as mais importantes eu já sabia; sua firmeza de caráter, sua bondade. Durante muitos meses, na pior das circunstâncias, ela tinha ido até a cerca e me dado esperança. Agora que eu a encontrara de novo, não a deixaria ir. Naquele dia, ela disse sim. E eu mantive minha palavra. Após quase 50 anos de casamento, dois filhos e três netos, eu jamais deixei-a ir.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

QUANDO O SONHO É UMA REVELAÇÃO DE DEUS?


E disse José: Ouví, peço-vos, este sonho que tenho sonhado...” (Gn 37.6).
Todos os grandes momentos de Deus na vida de José foram marcados com os sonhos. Inicialmente, seus sonhos geraram grandes oposições, até mesmo de seu pai. Talvez, não era hora de contá-los, mas, o garoto deixou extravasar o que Deus colocara em seu coração. Por causa de seus sonhos, José foi banido do seu meio e dado como esquecido, mas “Deus trabalha no turno noite”.
Os sonhos continuaram na vida desse servo de Deus de maneira crescente. José continuou não só a sonhar, mas a interpretar os sonhos de outros. Assim fora crescendo e aguardando o momento “Kairós” de Deus em sua vida. Veja a sequência: Sonhou enquanto na casa de seu Pai, depois foi intérprete dos sonhos do copeiro mor e padeiro mor. Posteriormente, durante mais um período de esquecimento, o copeiro foi obrigado a lembrar-se de José, quando Faraó sonhou e não havia quem o interpretasse. O copeiro foi curado da amnésia e disse: “dos meus pecados me lembro hoje” (Gn 41.9). Assim José foi introduzido a casa de Faraó e interpretou os seus sonhos e entrou definitivamente no cumprimento dos sonhos que Deus lhe dera ainda quando era garoto. Não desista dos sonhos que Deus colocou em seu coração. No tempo certo, tudo virá à tona, e Deus será glorificado em sua vida. Abraços.
Shalom... Pr. Croce.

E O SENHOR ESTAVA COM JOSÉ (Gn 39.2).


Essa expressão é extremamente significativa na vida de José, e repete-se quatro vezes no capítulo 39 de Gênesis: 39.2,3 21,23, além de outras palavras que enfocam o mesmo pensamento. Dando uma olhadela rápida na conhecida história de José, percebemos que, apesar de Deus estar com Ele, não ficou isento de lutas cardos e dissabores. Entende-se que esse moço havia tido uma profunda experiência com Deus, e o servia fielmente como muito amor; pois preferiu ser injustiçado e preso para não pecar contra seu Deus.
Precisamos retornar com urgência aos ditames da Palavra de Deus e tomar como exemplo homens como José, que não se vendia e nem se corrompia com as ofertas cotidianas do “jeitinho brasileiro” que se transformou num “vírus” perverso na sociedade e sorrateiramente penetrou na Igreja, levando muitos líderes após si.
Carecemos mais de Deus e menos dos homens, mas de experiências com Deus, e menos promessas  humanas. A obra de Deus necessita de mais homens como José, que se possa dizer: E DEUS ESTAVA COM ELE... Creio que esses homens ainda existem, apesar de serem poucos, mas, com certeza não estão nos holofotes e nem nas primeiras páginas dos jornais. Estão escondidos, encavernados, presos pela conjuntura dos que se acham “presidentes da situação”. Entretanto, está chegando a hora de Deus em suas vidas, e todos verão “que Deus está com eles...”. Não se entristeça “José”, Deus em breve lhe tirará desta prisão, Deus está contigo...
Shalom... Pr Croce.