quinta-feira, 24 de março de 2011

Poder da Influência

O PODER DA INFLUÊNCIA.

O CRENTE COMO ÁRVORE FRUTÍFERA EXERCE O PODER DA INFLUÊNCIA. “... Não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1.1).

O que é uma influência? É inspirar, incutir, entusiasmar, excitar, sugestionar, induzir, predominar, etc. Esse primeiro versículo do Salmo Primeiro nos inspira a pensar também a respeito das influências. Essas palavras: “... Não anda... nem se detém... e nem se assenta...”, nos revelam que um cristão convicto não deveria sofrer influência dos ímpios, mas, ser uma influência cristã positiva. Lamentavelmente, temos tido o desprazer de contemplar influências contraditórias e “des-cristãs”. É meio absurdo, mas muitos cristãos tornaram-se “des-cristãos”, motivados por influências oriundas dos ímpios e do “curso deste mundo” (Ef 2.2).

I Tipos de influências: É necessário delinear, perscrutar as influências, pois elas podem ser sugestionadas ou pressionadas sobre nós. É difícil se livrar de certas influências, a não ser que o indivíduo esteja bem posicionado a cerca de seus ideais. Existem aquelas que se recebe com deleites porque pertencem aos ideais de quem as recebem, entretanto, é muito comum a contaminação de uma má influência. Vejamos algumas, mas a lista é imensa:

1. As influências de nossa própria carne (Gl 5.19,2-21). Essa é uma questão da natureza caída do homem. Paulo faz uma descrição em Aos Romanos 7 sobre a guerra entre as duas naturezas. Existe uma tendência para o mal no próprio homem, embora o mesmo se esforce para praticar o bem. A Palavra de Deus nos informa que essa tendência é o pecado (Rm 3.23; 6.23). Assim sendo, somos vítimas de nossa própria carne que carrega sobre si uma inclinação pecaminosa (Rm 5.12). Só há um escape para livrarmo-nos desses quesitos maléficos, esse escape é a Salvação em Cristo Jesus (Mt 11.28,29).

2. As influências do mundo. Quando nos referimos sobre as influências da carne, falamos a respeito do mal que vem de dentro de nós mesmo. Isto é, o inimigo que se instalou dentro de nossa própria casa (corpo), como efeito da queda adâmica. Portanto, concernente as “influências do mundo”, refiro-me ao inimigo que está do lado de fora, incitando e sugestionando ao parceiro interno para que deixe sempre a porta aberta. O sistema do mundo é a abrangência de atividades malignas já instaladas, denominada como “curso deste mundo”, que tem como comandante: ”O príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2). É difícil se livrar dessas influências, a não ser que a pessoa seja realmente convertida. Essa influência está em toda sociedade, na mídia, nos livros, nas universidades, na s políticas etc., enfim, no sistema de vida que cunharam para si. Jesus nos advertiu que o mundo jaz no maligno (Jo 14.30; 1 Jo 2.15, 15).

3. As influências do maligno. Veja como são as coisas. Quantos tipos de influências o inimigo tem a seu favor para manter os homens distantes de Deus: A carne, o mundo e ele mesmo. Seu estilo de ação é usar todos os meios que lhes estão disponíveis temporariamente. Sendo ele o “príncipe deste mundo” como Jesus salientou, fica fácil usar o sistema que ele mesmo engendrou para distanciar as pessoas do Senhor. Acho importante salientar esses princípios, pelo fato de que se não “vigiarmos” em todo o tempo, podemos até mesmo entrar por uma estrada ou decisões que tenha a estampa de ótimas, ou porque todo mundo está entrando, ou usando, e mesmo assim ser uma estratégia maligna para que tais pessoas possam imaginar que seja um bom caminho, mas, o seu fim é destruição. O que fica muito claro é que não há escapatória além dos ensinos de Cristo. Jesus é a ÚNICA VERDADE SALVÍFICA (Jo 14.6).

4. A Influência Cristã. Apesar do mundo exercer o seu poder de influência através do seu comandante, Jesus lhe deu um basta através de Sua própria vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). A Igreja (Eclesia) é chamada de “separados”, o povo de Deus vive no mundo, mas não é do mundo. Jesus colocou o céu dentro de cada um de nós. Ele mesmo disse: “... Se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23). Deu-nos o mandamento: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura (Mc 16.15)”. Enquanto estamos aqui, embora haja uma influência maligna imperante, somos chamados para ser uma influência cristã e abençoadora na vida de todos aqueles que nos cercam. O sistema usa todo o tipo de perversidade contra nós, mas estamos com a cobertura de Cristo Jesus e seu sangue derramado na Cruz. Ele enviou o seu Espírito Santo para nos capacitar. Acredito piamente que o fato de conhecer a Jesus e ter tido uma experiência profunda com Ele, nada nos separará de seu poder, bem como da capacidade exercer a boa influência entre aqueles que nos cercam. Podemos citar aqui o Salmo Primeiro mais uma vez: “Pois será como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual da o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem e tudo quanto fizer prosperará... (Sl 1.3).

II Cultivando nossa capacidade de influenciar. Todos nós temos o poder de influenciar. Já nascemos com ele e o desenvolvemos com o passar dos anos. Não há liderança sem influência. Como líderes cristãos, precisamos ser uma boa influência, compartilhando a influência que JESUS tem em nós. Precisamos realmente ter uma influência positiva e abençoadora na vida das pessoas que nos cercam daí a grande necessidade de se ter uma profunda experiência com Deus.

1. O cristão como formador de opinião. Estamos cercados de diversos formadores de opinião. Esta formação cresce através de comentários, observações e realizações de uma pessoa ou de um sistema. Logicamente, o sistema do mundo é criar perseverantemente os seus formadores de opinião motivados pelo “Príncipe deste mundo”. Entretanto, no meio desses estão os cristãos, fiéis seguidores de Cristo, que pautam suas vidas na Bíblia Sagrada, livro de regra de fé e prática. Para isto, meditam na Palavra do SENHOR, dia e noite e se caracterizam como BEM-AVENTURADOS (Sl 1.1).

a) O cristão pode formar opinião através de sua própria vida. Sua forma de viver, principalmente não se conformando com este mundo. Não se inclinando aos ditames do mundo, que perversamente impõe suas normas, seus costumes e modas etc. Essa imposição é tão massificante, que ficar fora dela ou discordar, pode ser taxado de alienado ou atrasado. O cristão, embora ainda neste mundo, sabe discernir aquilo que é conveniente para sua vida, e sua maneira de viver vai sendo uma influência por onde passa, pois a Bênção do SENHOR o acompanha sempre.

2. O Cristão como Formador de Opinião é Abençoador. Podemos tomar o exemplo da vida de José, que embora sendo desprezado, vendido e dado como morto ao seu pai pelos seus maldosos irmãos, não se tornou vingativo, nem frustrado; mas mesmo com todo esse descaso, por onde passava, abençoava o lugar, as pessoas, e revertia as situações difíceis em grandes vitórias e Deus era glorificado em tudo que fazia. Deus designou Abraão a ser uma benção na Terra: ...”Sê tu uma Benção”. Como abençoadores, temos a presença de Deus dentro de nós, intercedemos pela nação, governantes, vizinhos e até pelos nossos inimigos. Se de fato exercemos o cristianismo, sempre deixaremos as marcas de bênção e vitórias por onde passarmos e tais marcas serão visíveis aos observadores, pois: “Os passos de um homem bom são confirmados pelo SENHOR” (Sl 37.23).

3. O Cristão como Formador de Opinião é Cultivador das Boas Coisas. Aqui podemos salientar a ética cristã, que se relaciona com o comportamento, a forma de viver. Nesse item, podemos arrolar sinteticamente alguns princípios tais como: O cristão presa pela verdade, honestidade, amor, bondade e justiça. A sociedade já percebeu e fez a leitura do comportamento de quem serve a Deus. Essa pessoa não se embriaga, não se ensoberbece, pratica a mansidão e não se envolve em confusões. As armas dos cristãos não são carnais, mesmo que sejam atacados por elas, mas possuem armas espirituais, dadas por Deus. Faz-nos lembrar a leitura que a Sunamita fez do Profeta Eliseu que passava em frente sua casa. Ao observá-lo, comentou com o seu marido: “vejo que esse homem que passa por nós é um santo homem de Deus”. Somos chamados a inspirar homens e mulheres na prática do bem e do caminho cristão.

III Exemplos de boas Influências na Bíblia.

1. O Patriarca Abraão (Gn 12). Estudando a vida de Abraão, vemos que por onde passava, deixava a sua marca de adorador. Sempre estava levantando altares. Naquela ocasião, ele era o referencial de Deus para as nações. Por onde Abraão passava, todos sabiam que ele servia ao SENHOR. Todos viam que o SENHOR o abençoava abundantemente. Suas palavras eram sempre proféticas. Abraão foi crescendo em experiências com Deus até se tornar o Pai na fé de todos os que creme em Deus.

2. O Patriarca Isaque (Gn 26). Lendo este capítulo, logo percebemos que Isaque em sua fase de crescimento ia fazendo proezas por onde passava. Entretanto, vemos que a obediência a Deus foi fundamental para que fosse bem sucedido. Isaque tinha intenção de ir ao Egito, motivado pela fome que havia na terra, mas Deus interveio, e lhe dirigiu a ficar na Terra de Gerar. O SENHOR lhe apareceu e lhe disse: Não desça ao Egito. Habita na Terra que eu te disser. “Peregrina nesta Terra, e serei contigo e te abençoarei...” (Gn 26.2,3). A história deste Patriarca foi enriquecedora. Por onde passava Deus lhe dava prosperidade. Mesmo quando convidado a deixar aquela terra, indo um pouco mais adiante, desentulhava os poços, que ninguém acreditava mais que poderia jorrar água, seus inimigos faziam pressão e se apossava daquilo que lhe pertencia. Deixava-os e ia mais adiante e Deus sempre lhe abençoava. Foi tão abençoado e influenciador que na abertura do seu último poço, Deus lhe deu uma grande revelação e o nomeou como: REOBOTE, “Alargamento do Deus”. (Gn 26.22).

3. Daniel. Poderíamos usar diversos exemplos maravilhosos, mas vamos relembrar de mais um dos quais muito admiro, refiro-me a Daniel. “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar” (Dn 1.8). Apesar de Daniel e seus companheiros estarem numa nação completamente diferente, com costumes e deuses que eram adorados, mesmo assim conservou-se fiel ao seu Deus. Essa fidelidade poderia custar-lhe a vida, como ocorreu. Daniel teve a hombridade de continuar sendo fiel a Deus e ia exercendo sua influência numa nação que se achava soberana e atribuía essa soberania a seus deuses. Deus o exaltou e o colocou com terceiro naquele reino, por causa de sua fidelidade, e perseverança na oração. Toda a nação ficou conhecendo Daniel como um homem de Deus. Ele e seus companheiros influenciaram os reis da Babilônia. Nessa linha podemos citar: Mardoqueu, Ester, e tantos outros que brilharam deixando seus belos legados. Deus nos chamou para deixar nossa boa influência nesse século.

Conclusão. Com a influência vem a responsabilidade. É como aquela famosa frase: “És eternamente responsável por aquele a quem cativas”. Somos responsáveis por aqueles que influenciamos. Por isso avalie o quanto você tem acompanhados seus liderados e o quanto sua influência tem sido benéfica na vida deles. Influencie! Como cristão você precisa fazer isso. E para que o faça de maneira correta, permita ser influenciado pelo exemplo de Cristo e pela ação do Espírito Santo.

Shalom

Pr Croce.

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