segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aprendendo com os passarinhos


Você já viu um passarinho dormindo num fio, sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o pescoço. O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firme qualquer coisa. O joelho dobrado é que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa.
Mas, não é tão diferente em nós. Quando passamos por dificuldades, quando tudo está ameaçado de cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado, dobrado em oração.
Se você algumas vezes, se vê passando por problemas que o fazem perder a fé, desanimar de caminhar; não caminhe mais sozinho, Jesus quer caminhar consigo por toda sua vida! É Ele quem renova suas forças e sua fé, e se cuida de um passarinho, imagina o que não fará por você Seu filho amado, basta você CRER!
(Texto de autoria do Pr. Manoel Castilho).

Pr. Croce. Shalom!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Como desenvolver no discípulo a dádiva da honra?

Como fazer para que minha posição seja respeitada e honrada? A primeira coisa que nos vem ao coração diante de tal questionamento é que não devemos buscar honras, devemos construí-la através de nossa vida.

Acredito que essa virtude é mais uma conquista que uma imposição. Toda honra imposta transforma-se em tirania e disso o mundo já está cheio, não merecendo nenhum crédito para tal comportamento entre aqueles que sevem ao Senhor.

Vejamos abreviadamente como se deve construir uma via que merece honra, principalmente de seus seguidores, mas primeiramente vamos analisar o contrário disso, fazendo uma breve exposição sobre o que não é honra.

1. O que não é honra?

Existem muitas pessoas que exigem honra sem o devido merecimento. Nada fizeram, nada conquistaram e no decorrer de suas atividades captaram mais antipatia que simpatia. Chamam atenção para si em tudo, e por ironia ou outra coisa que nem sei definir agora, foram guindados a um poder temporário. Com muito acerto podemos dizer que o pódio não foi necessariamente uma conquista, mas uma imposição diante de mentes incautas que nem sabiam que tinha o direito de protestar. Outros, nada emitiram pelo fato de ser parte de uma cadeia de acontecimentos “despóticos”, igualando-se ao “déspota maior”. Assim, talvez, todos são “déspotas” que conservam um modelo repugnado por eles mesmos, mas admitem não encontrar outra forma de sobreviver. Logicamente, tais pessoas encontrariam outra forma, se de fato estivessem interessados, mas para que isso ocorresse, deveria abrir mão de benesses e recomeçar. Isso não passa na memória da grande maioria pertencente a este sistema. Sendo assim, melhor mesmo é conservar o “embusteiro” da honra forçada.

a) Honra não é imposição. Como já destacamos nunca se conquista honra através desta via. Os súditos ou subordinados podem até se inclinar, mas não por espontaneidade. Agem desta maneira, porque sabem das cobranças ou tipos de castigos que podem fruir através do não cumprimento da imposição. Consideramos essa “honra” como uma “submissão imposta”, que não tem nada a ver com a devida honra espontânea que nasce através de uma conquista.

b) Honra não é bajulação. Esse tipo de honra se manifesta mais pelo interesse que necessariamente a espontaneidade. O fato de determinadas pessoas ocuparem funções que lhe permitem delegar poderes ou posses, suscitam os bajuladores. Na verdade, o mundo está cheio de bajuladores. Eles assim o fazem porque desejam “poderes”. O interesse exclusivo de tais pessoas são somente esses. São pessoas incapacitadas, que certamente não passaram no crivo que determinada função exige, então elegem outro “crivo”, que podemos chamar de “incompetência”. Nessa Linha concentra-se a repugnada bajulação. Isso não é honra, mas interesse, que por sua vez quem a concede, manifesta esta carência doentia.

c) Honra não é nepotismo. Concordamos que existem familiares altamente capacitados para determinadas funções, e isso se confirma na inerrante palavra de Deus. Entretanto, a concessão de favores ou cargos não se destina somente a parentes ou amigos próximos pelo fato de terem a sorte de pertencerem ao “clã” ou serem premiados com os nossos “sobrenomes”. Existem muitas pessoas e instituições, até mesmo Igrejas e Ministérios confundindo essas questões. A honra deve ser destinada aos competentes para que desempenhe determinadas funções. Claro que essas questões referem-se àqueles que receberam o direito de delegar certos poderes ou posse a outrem, se passar pela aprovação ou pelo exame de competência.

d) Honra não é troca de favores. Essa questão deveria ser simplesmente pelo merecimento, isto é, pela competência deste “honrado” e não por “interesse” ou intenções espúrias. No nosso Brasil temos visto o resultado de pessoas que ascendem ao poder com esses quesitos e danos causado com o fruto da incompetência. Tal fato também pode ocorrer nas Igrejas e ministérios. Na casa do Senhor jamais deveriam acontecer fatos como esses, entretanto, lamentavelmente em alguns arraiais, fala mais o homem, o nepotismo através de seus poderes déspotas. Que Deus tenha misericórdia de nós!

e) As duas faces da honra. Tanto quem honra quanto o que recebe a honra devem ter consciência de seus efeitos e sua veracidade. Aquele que exige, deveria parar um pouco para compreender que tal imposição, constitui-se mais em afastamento que aproximação, manifestando mais um jogo de interesses que a honra propriamente dita. Por outro lado aquele que presta tal honra dever ter a obrigação de saber por que está honrando. Assim, tanto o que recebe quanto o que presta não são sinceros, na verdade são da mesma espécie ou da mesma laia de alimárias.

2. O que é Honra?

Como já expusemos abreviadamente sobre o contrário da honra, vamos agora delinear sobre os quesitos importantes da devida honra. A princípio, não deveríamos estabelecer a honra como uma imposição ou mesmo uma conquista individual. Esse reconhecimento deveria surgir naturalmente como resultado da dedicação. Acredito que a verdadeira honra brota naturalmente, e quando tal reconhecimento é manifesto, então se autentica a verdadeira honra.

De acordo com a língua grega a palavra “honra” é oriunda do termo: “Doksa” e “Timé”. (Glória e honra). A honra envolve estima e recompensa. Pode ser prestada por meio de palavras ou de ações. Somos convidados a honrar a Deus com nossas possessões materiais (Pv 3.9). Em suma podemos dizer que é aquela consideração que o indivíduo merece receber, na forma de dinheiro, de título, de recompensa de qualquer tipo, em forma verbal, material ou espiritual. A honra envolve o respeito que é devido, que pode ser expresso de muitos modos.

2.1. A quem devemos honrar?

a) Deus deve ser honrado. (Sl 104.1; Ap 4.9-11; 5.12).
b) Nossos pais devem ser honrados (Ex 20.12; Lv 19.32).
c) O Filho de Deus deve ser honrado (Jo 5.23).
d) O nome Jesus deve ser honrado (Jo 5.23; Tg 2.7).
e) O casamento deve ser honrado (Hb 13.4).
f) Israel é uma nação honrada (Dt 26.19).
g) Os apóstolos devem ser honrados (At 5.13).
h) Os sábios devem ser honrados (Pv 3.35).

A lista de pessoas que devem ser honrada é imensa...
Como podemos observar, as pessoas honradas demonstram trabalho prestado e exemplos aos seus observadores. Acredito que tal homenagem insere-se dentro de um “exemplo progressivo”.
Dependendo da missão ou função que determinada pessoa exerce, por si só já merece honra, entretanto, esse comportamento se perpetua quando nasce da espontaneidade e não da imposição. Esta honraria se constitui numa conquista brilhante diante do povo.

3. Como desenvolver no discípulo a dádiva da honra?

a) A honra se ensina através da humildade. “Diante da honra vai à humildade” (Pv 15.22 b). A maior lição que um mestre pode transferir para o seu discípulo é demonstrando com exercer a humildade diante das benesses recebidas. A humildade inclui a capacidade de esvaziar-se de todos os sentimentos que predispõem o homem a viver de forma egoísta. É virar-se pelo avesso e orar como Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23,24). A humildade continua sendo a rainha das virtudes cristãs. De acordo com os Evangelhos, muitos “Evangélicos” estão aquém desta disciplina espiritual. Há nesta virtude uma exigência de continuo exercício. É impossível praticá-la na inteireza de sua dimensão sem que haja uma verdadeira conversão e disposição para seguir os ensinos dos Evangelhos. Acredito que se houver qualquer tipo de abandono temporário dos ensinos de Cristo, a virtude da humildade será substituída pelos ditames do curso deste mundo, que persegue o cristão de forma sistemática e perseverante. O Apóstolo Paulo sinaliza essa perseguição quando escreve sobre a guerra entre as duas naturezas: a carnal e a espiritual. (Rm 7).

b) A honra se institui pela prática do esvaziamento. Esvaziamento é uma expressão oriunda do termo grego: (Kenóo, “esvazio, anulo...” etc. Na medida em que formos avançando na vida cristã verificaremos que ela indica, realmente um esvaziamento. Não podemos ser cheios enquanto não formos primeiramente esvaziados. Não se pode encher de vinho novo, um odre cujo conteúdo ainda não tenha sido despejado. Essa, pois, é uma das afirmativas que nos fazem recordar que existe uma espécie de esvaziamento antes que possa haver enchimento. Os Evangelhos sempre exibem essas duas facetas: Há o derribamento e há também a edificação. Quando Simeão tomou o menino Jesus em seus braços disse: “... Eis que este é posto para queda e elevação de muitos”(Lc 2.34). O Aniquilamento vem antes da elevação. Portanto, faz parte essencial do Evangelho o fato que a convicção do pecado sempre deve acontecer antes da conversão; o Evangelho de Cristo condena o pecador antes de libertá-lo. Ora, é lógico que isso é um fator fundamental. Expressando um pensamento mais formal e doutrinário diríamos que não existe mais perfeita declaração de doutrina da justificação exclusivamente pela fé do que essa primeira bem-aventurança, que assevera: “bem-aventurados os humildes de espírito porque deles é o reino dos céus”. Por conseguinte, ela é fundamental no que concerne tudo quanto aparece em seguida. O esvaziamento é o reconhecimento, ou melhor, a dependência total de Deus, a acredito que tal procedimento precede a própria honra. Isso deve ser passado ao novo discípulo.

c) A Honra se Estabelece Pelo Exemplo. O livro mais próximo de nossos discípulos é a nossa própria vida. O discipulador deve ser íntegro tanto em suas ações (MT 12.33; Rm 6.22) como em suas palavras (Cl 4.6; MT 5.37). Cabe ao mesmo, andar com sabedoria e ter palavra sempre agradável e temperada. A conversa do crente deve ser cativante, amável e graciosa. Os filhos de Deus devem ter uma linguagem originada na graça de Deus e marcada pela pureza (Ef 4.29). Linguagem e atitudes indecentes podem se tornar em hábitos tão arraigados que estouram subitamente em circunstâncias inesperadas (Mc 14.71). O apóstolo Pedro recomenda “aos que querem viver bem, e ver os dias bons, que refreia a sua língua do mal e os lábios de falarem enganosamente” (1 Pe 3.10). Outras referências: (Sl 34.23; 1 Pe 2.21,22; Sl 39.1).

d) A Honra Deve ser uma Conquista. Não se faz uma conquista verdadeira da noite para o dia. No que tange a honra, é necessário que esta seja marcada pela construção e investimento que se faz em outrem. No caso do Mestre, esse reconhecimento vem com a somatória de atitudes e ações no decorrer do discipulado. Jamais um discipulador deve apenas falar, suas atitudes devem acompanhar suas atividades. O melhor exemplo de discipulador é o nosso Mestre. Jesus colocou sua vida como meta para os seus seguidores. Em virtude do companheirismo com Cristo os discípulos puderam “... conhecer os mistérios do reino de Deus...” (Lc 8.10). O conhecimento obtido mediante a associação, antes de ser entendido pela explicação. Isso jamais foi tão bem expresso como na ocasião em que um dos discípulos indagou: “... como saber o caminho?”, o que refletia a sua frustração, ante o pensamento da Santa Trindade. E foi então que Jesus replicou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida...” (Jo 14.5,6), o que equivalia a declarar que o ponto já fora respondido, contanto que os discípulos abrissem os olhos para a realidade espiritual no meio deles.
Essa metodologia simples se revelou, desde o começo, pelo convite de Jesus àqueles homens a quem queria conduzir, João e André foram convidados: “vinde, e vede” (Jo 1.39), em relação ao lugar onde Jesus morava. Nada mais foi dito, de conformidade com o registro marcado. Pois, realmente, que mais era preciso ser dito? Na casa de Jesus poderiam falar mais, vendo, intimamente e em particular, a Sua natureza e o Seu trabalho. Filipe foi chamado essencialmente da mesma maneira: “Segue-me” (Jo 1.43). Evidentemente impressionado por essa abordagem simples, Filipe convidou Natanael também para que viesse conhecer o Mestre: “Vem e vê” (Jo 1.46). Um sermão vivo vale mais que mil explicações. Mais tarde, quando Tiago, João Pedro e André foram encontrados a emendar suas redes de pesca, Jesus lembrou-os acerca das mesmas palavras familiares: “Vinde após mim....”. Somente que desta vez acrescentou a razão disso: “... e Eu vos farei pescadores de homens” (MT 1.17); conf. (MT 4.19; Lc 5.10). Por semelhante modo, Mateus foi chamado da coletoria onde estava trabalhando, com o mesmo convite: “Segue-me!” (Mc 2.154; MT 9.9; Lc 5.27).
Toda a vida e atitudes de Jesus constituíam-se numa conquista de seus discípulos não apenas temporária, mas eterna e interna. Houve uma construção convincente em seus corações através de palavras e atitudes. Tais métodos revelam-nos como se conquista a devida honra.

e) Ensinamos a Honra Quando Honramos Aqueles que estão em Posições Reconhecidamente Elevada. Todo mestre já foi um discípulo, e certamente no decorrer de sua ascensão esteve debaixo da batuta de honrados mestres. Este ensina quando honra aqueles que lhes ensinaram o caminho da vida, ainda que esteja numa posição mais elevada que seu antigo mestre. O discipulador deve com seus exemplos sempre valorizar as virtudes de outros e prestar-lhes a honra. Às vezes temos o desprazer de verificar as inquietudes de certas pessoas quando outros recebem honra diante delas. Estamos vivendo em um mundo em que muitos querem honra apenas para si, mas não estão dispostas a honrar outras pessoas e também não se sentem bem, quando outros são honrados diante de si. Tal procedimento constitui-se numa atitude puramente egoística. No decorrer de nossa caminhada temos uma enorme lista de pessoas que devemos honrar e assim procedendo, estamos deixando o precioso ensino para os nossos seguidores.

f) Ensinamos a Honra Reconhecendo o brilho de outros. O reconhecimento é uma das coisas belas entre pessoas. Não temos o direito de apagar o brilho que desponta em nossos amigos e companheiros. Você já deve ter encontrado indivíduos que nunca elogiam a ninguém e nem reconhece a vitória de outros. A palavra de Deus nos ensina a nos alegrar com os que se alegram (Rm 12.15). No decorrer de nossa caminhada devemos observar e aproveitar todas as oportunidades que nos forem proporcionadas para honrar nossos amigos e companheiros. Tudo que for possível fazer dentro da legitimidade nesses quesitos é sempre proveitoso. Fazendo assim, estaremos investindo em nós mesmos.

Conclusão. O aprendizado desta dádiva é deveras primoroso, pois se trata do reconhecimento que devemos prestar àqueles que se despontaram tornando-se notórios em suas atividades. Existem outras disciplinas que crescem junto a essa virtude na vida daquele que sabe ser grato. Dentro de todas as láureas que devemos prestar, a mais elevada é aquela que conscientemente prestamos ao nosso Criador, a Ele toda honra e glória! (Rm 11.36). Outrossim, quando reconhecemos os talentos de outrem e lhe honramos, também estamos honrando Aquele que o Criou. Assim como um pai é honrado na obra do filho, Deus é honrado também na honra que seus filhos recebem. Esta prática constitui-se numa das mais belas disciplinas que podemos praticar. A Palavra de Deus os ensina: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12.10). Creio que essas pequenas pinceladas já nos colocam na longa estrada da prática da honra. Assim cresceremos honrando e sendo honrado para glória de Deus Pai.

SHALOM. Pr. Croce

domingo, 22 de novembro de 2009

Será que os profetas teriam a palavra...

Se porventura tivéssemos a capacidade de retroceder no tempo, dialogar com os admiráveis profetas; conhecer seus estilos de vida social familiar, financeira etc. Ah! Sim! Estava me esquecendo: Se nessa peregrinação utópica, também soubéssemos dos casos de poligamia, de justiças com mortes, como no caso do Profeta Samuel quando matou o rei Agague, do rei Davi com suas mulheres, com seu homicídio, adultério e mortandades, de Salomão com suas quase mil mulheres, ou no caso de Oséias, que em obediência a uma revelação de Deus adulterou com uma prostituta gerando filhos com a mesma dando-lhes nomes simbólicos para a nação de Israel.

Vou um pouco mais além nesse devaneio e me atrevo continuar sonhando que se nos transferíssemos para os tempos do Novo Testamento, precisamente nos anos de Cristo com suas doutrinas radicais, desmontando todo esquema religioso e político, batendo de frente com a tradição e deixando os doutores rangendo os dentes de ódio. Seu estilo sereno de ensino que revelava todas as contradições dos “salvos” da época.

Pense comigo, se tivéssemos a capacidade de ir e vir nos trânsito do tempo transportando pessoas para nossas conferências de Pastores, Jovens, Mulheres, Homens, Missões etc. Oh! Como poderia me esquecer! Se os convidássemos para nossas CONVENÇÕES de ministros, será que seriam bem-vindos?

SERÁ QUE SERIAM BEM-VINDOS! Pois nos cercamos de tradições e políticas que superam as do início do cristianismo, claro, com outros nomes, mas com a mesma intensidade. Nos tornamos “santos”, tão santos, que não permitiríamos que um desses Profetas tivessem a palavra em nossas reuniões. Acredito que, Salomão seria logo barrado na porta do Templo com o nome de “mulherengo e adúltero”. Davi, também não teria chance, pois a nossa santidade e falta de perdão não nos daria tranqüilidade para ouvi-lo. Assim teríamos dificuldades para convidar Jesus. Ele seria muito duro e perdoaria muitos que foram expulsos da Igreja, reintegrando a comunhão aquele que fora excluído recentemente. Admitiria a mulher adúltera sem um período probatório, acreditaria no seu imediato arrependimento. Bateria de frente com o tradicionalismo religioso. Seria muito arriscado convidar Jesus. Muitos perderiam seu “reinado”. Isto já ocorrera logo depois de sua partida com a Igreja de Laodicéia: Era rica e opulenta, mas sem Jesus, que amorosamente dizia-lhes: Eis que estou à porta e bato! Jesus estava do lado de fora da Igreja!

Ah! Ainda bem que tudo isso é apenas uma imaginação! Acredito que nessa viagem utópica não conseguiríamos Igreja para esses ilustres convidados. Eles teriam mesmo é que pregar nas ruas e nas praças sofrendo os mesmos escárnios do passado! Seus ouvintes seriam os excluídos, pecadores e sedentos que deveriam ser alcançados pelas igrejas.
Mas, para que se preocupar com isso? É apenas uma imaginação, um sonho, uma desvairada utopia! Já pensou se fosse verdade?

SHALOM. Pr Croce.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Celebridade, uma casualidade ou uma busca?

Partindo da premissa de que a nomenclatura “Celebridade” expressa fama, renome e notoriedade, entendo que é fundamental que haja um filtro no conceito que alguns expõem sobre a questão. Existem aqueles que buscam celebridade como se fosse o alvo primordial de suas vidas. Fizeram desta busca famigerada uma espécie de psicose. Lamentavelmente, alguns conseguiram seus intentos e estão em evidências, mas, de uma forma psicótica e doentia. Quando tais pessoas saírem do pódio, poderão cair no tédio ou até mesmo desistirem da vida, porque fizeram dessa “glória” o alvo predominante de suas vidas. Isso é perigoso!

Aqueles que buscam tal “relevância” dessa forma doentia e não conseguem, também se tornam frustrados, pois não conseguiram o que mais desejavam para suas vidas. Para essas pessoas, aconselhamos desistirem dessa corrida ao tão almejado destaque, e se igualarem aos “destaques” da simplicidade e do amor, e que observem a existência de inúmeros destaques, que não necessitaram fazer nada forçado para que fossem notados, entretanto, não se diferenciam nem necessitam de um pedestal para que outros os aclamem como celebridades.

Por outro lado, existem pessoas que se tornaram celebridades, pelo trabalho que apresentam, pela luta que se envolveram, mas que em suma, a celebridade não se constituía o alvo ou a busca maior de seus intentos. Levaram a sério e foram perseverantes no que se propuseram a fazer, tornando-se celebridades. Note que há uma diferença de enfoque entre uma e outra. Este último demonstra que a fama veio à tona oriunda de um trabalho ou uma causa, o outro, pode ter se tornado, simplesmente porque existia um desvio dentro de si, elegendo uma causa como um embusteiro para sua subida. É incrível, mas alguns se projetam dessa maneira. Dentre aqueles que consideramos celebridades verdadeiras, podemos citar, pessoas que se envolvem em causas sociais e que sem ousar tal pretensão alcançam o degrau. Músicos com talentos comprovados e pessoas que se consagraram através de seus dotes e suas simplicidades, como cantores, pregadores, pastores, políticos, escritores, professores, cientistas, pesquisadores, teólogos, compositores, padres cantores etc. Poderíamos citar uma lista infinda de nomes que estão nos pódios hodiernos.

A questão da fama atual abrange tanto o secular quanto o sagrado, mais precisamente, o grupo que não se importava com tal evidência, isto é, os Evangélicos. E o mais intrigante e assustador é quando ocorre essa busca psicótica pela fama entre os evangélicos. Isso é bem diferente de alguém que exerce o ministério dado por Deus com bastante desenvoltura e dedicação gerando como conseqüência à fama que glorifica a Deus. Para o Homem e a Mulher de Deus essa projeção sempre será para Glória de Deus. O contrário será sempre efêmero, contendo um final doloroso.

Se espiritualizarmos ou teologizarmos a questão em pauta, diríamos que o fato de se ter Cristo na vida, é ter uma celebridade dentro de si que se destaca com as atitudes e o exercício de um verdadeiro cristianismo. Assim todos os cristãos seriam celebridades porque neles, a verdadeira e eterna celebridade seria sempre manifesta. E todos seriam Um como Jesus desejou (Jo 17. 22). Sejamos então essas celebridades diferenciadas daquelas celebridades psicóticas. Paulo disse: “... Não vivo eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2.20).

Shalom!
Pr. José Elias Croce.

Pr. Elias Croce Ministrando na Assembleia Legislativa

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Fé que Jesus ensinou

A FÉ QUE JESUS ENSINOU... (Mt 21.18-22).
• Era uma fé que ultrapassava os limites d a investigação científica.
• Transcendia a ciência da interpretação.
• Uma fé que fazia a ciência se calar.
• Uma fé que transcende a lógica. Uma convicção de ausência de dúvidas.
• A ciência sobrevive da dúvida. Quanto maior for a dúvida, maior poderá ser a dimensão da resposta. Sem a arte da dúvida, a ciência não tem como sobreviver e expandir a sua produção de conhecimento.
• Jesus discorria sobre a fé. Falava da necessidade de crer sem duvidar, de uma crença plena, completa, sem insegurança. Falava da fé como um misterioso processo de interiorização.
• Discorria sobre a fé como um viver que transcende o mundo material, extrapola o sistema sensorial e cria raízes no âmago do espírito humano.

Shalom! Pr Croce.